14 de novembro de 2011

Usar a montra da Taça da Liga

Sem qualquer proveito desportivo, a Taça da Liga é encarada pelos clubes pequenos como uma forma de gerar receitas extraordinárias. Pela primeira vez, o Moreirense passou à terceira fase e, agora, prepara-se para defrontar os mais fortes de Portugal. Com poucas ilusões quanto à passagem à ronda seguinte, Vítor Magalhães destaca a importância da prova para os cofres dos clubes pequenos, sendo que o seu já recebeu "cerca de 40 mil euros, menos dez do que já vi noticiado", referiu o presidente [o prémio de passagem à segunda fase de grupos é, segundo a Liga, de 50 mil euros].

Mantendo a ideia de que os objectivos desportivos têm de estar centrados no campeonato, Vítor Magalhães quer aproveitar o mediatismo da Taça da Liga para promover os jogadores, tal como os grandes aproveitam as competições europeias, salvaguardadas as diferenças. "No ano passado, vendemos o Micael e um clube cumpridor como o Moreirense tem de viver destas receitas", referiu. O calendário da próxima fase é outro obstáculo para o Moreirense. "Vamos ter dois jogos fora e um em casa, o que torna a nossa missão quase impossível, tendo em conta a dimensão dos adversários".

Com a equipa também em bom plano no campeonato, Magalhães admite que certos jogadores possam suscitar o interesse de clubes e garante haver matéria humana no plantel para colmatar eventuais lacunas. "O jogo com o Beira-Mar provou isso mesmo. O Bruno Moreira teve de ser internado devido a uma apendicite aguda e o Ghilas foi chamado à última hora, entrou perto do final do jogo, desequilibrou e ajudou a equipa a ganhar."

Assim, é sem Bruno Moreira que o Moreirense inicia hoje a preparação da deslocação ao terreno do líder Atlético. Reduzir a distância para o topo de seis para três pontos é o desejo do presidente, que não assume a subida.


José Pinto Lopes / O Jogo

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